domingo, 5 de outubro de 2008

Bola de Sabão


Bola de sabão de um coração profanado
Veio devagarinho assaltar-me a timidez,
Assolar-me a tranquilidade,
Cravejar-me de saudades
A maresia circundante da minha pele.
Ouço vozes de escárnio aguçado,
Permito-me ouvir sem saber
Aquilo que me dizem os monstros
Que habitam as casas
Construídas pelas minhas mãos feridas.
Escrevo no bloco de notas
As palavras em mim para o momento
E nada cresce mais devagar
Que a felicidade efémera.
De repente a fina bola de sabão
A quebrar-se em mil partículas...
Bola de um coração profanado
Pelos demónios sem perdão,
Levando do meu ser a última esperança...
O último raio de sol do teu sorriso...
*a.d*

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