sábado, 21 de agosto de 2010

Vaso Quebrado


Era uma vez, num depósito de vasos quebrados...

Ninguém se importava com eles.

Eles mesmos não se importavam por estar quebrados, ao contrário, quanto mais quebrados ficavam, mais eram respeitados pelos outros.

Um dia, por engano, um vaso inteiro foi parar no meio deles, mas, por ser diferente dos demais, ele foi rejeitado.

Justo ele, que tinha uma necessidade miserável de ser aceito.

Tentou se aproximar dos vasos menos danificados, aqueles que tinham apenas a boca rachada, mas, não deu certo. Depois, tentou se aproximar dos vasos que tinham apenas um pequeno furo, mas, também foi repelido.

Tentou uma 3ª vez...

Mas também não adiantou.

Resolveu, então, arranjar umas brigas, esperando conseguir uma trinca ou, quem sabe, com um pouco de sorte, até um quebrado bacana, mas, naquele lugar, ninguém tinha força bastante para isso.

Se algum vaso quisesse se quebrar, tinha que fazer isso sozinho.

E foi isso mesmo que ele fez e assim conseguiu o que queria, ser aceito no clube dos vasos quebrados.

Mas a felicidade não durou muito porque logo ele começou a se incomodar com outra necessidade:

A de ser respeitado pelos demais vasos quebrados.

Para isso, teve que ir-se quebrando. E se quebrou em tantos pedaços que voltou ao pó.

E assim deixou de ser vaso!

É muito comum as pessoas serem influenciadas por outras...

Tanto que perdem sua própria identidade.

Você mesmo provavelmente tomou alguma decisão influenciado por outras pessoas.

E quantas vezes não se arrependeu?

Portanto pense...

E valorize "o vaso que é"...

Seja como for!


Definindo o indefinivel...

Não me venha falar de razão, não me cobre lógica, não me peça coerência...

Eu sou pura emoção...

Tenho razões e motivações próprias.

Sou movido pelas paixões. Essa é minha religião e minha ciência.

Não meça meus sentimentos, nem tente compará-los a nada...deles sei eu.

Eu e meus fantasmas, eu e meus medos, eu e minha alma...

Sua incerteza me fere, mas não me mata...

Suas dúvidas me açoitam, mas não deixam cicatrizes.

Não me fale de nuvens...eu sou SOL e a LUA.

Não me conte as poças...eu sou o MAR...profundo, intenso, passional...

Não exija prazos e datas...eu sou ETERNO e ATEMPORAL.

Não imponha condições, eu sou absolutamente incondicional...

Não espere explicações...

Não as tenho...eu apenas aconteço...sem hora , local ou ordem...

Vivo em cada molécula, sou o TODO e sou ÚNICO.

Você não me vê, mas me sente....

Estou tanto na sua solidão, quanto no seu sorriso.

Vive-se por mim...

Morre-se por mim...

Sobrevive-se sem mim...

Eu sou o começo , o fim e todo o meio...

Sou seu objetivo...

Sua razão que a razão ignora e desconhece...

Tenho MILHÕES de definições...

TODAS certas...

TODAS imperfeitas...

TODAS lógicas...apenas em motivações pessoais...

TODAS corretas...

TODAS erradas.

Sou tudo...e sem mim, tudo é NADA.

Sou amanhecer, sou fênix, renasço das cinzas, sei quando tenho que morrer...

Sei que sempre irei RENASCER...

Sempre protagonista, nunca a história...

Mudo de cenário, mas não de roteiro...

Sou MÚSICA...

Ecôo, reverbero, sacudo...

Sou FOGO...

Queimo , destruo, incinero...

Sou ÁGUA...

Afogo, inundo, invado...

Sou TEMPO...

Sem medidas, sem marcações...

Sou CLIMA...

Proporciono a minha fase....

Sou VENTO...

Arrasto, balanço, carrego...

Sou FURACÃO...

DESTRUO, DEVASTO, ARRASO...

Mas sou tijolo...CONSTRUO e RECOMEÇO.

Sou cada estação, no seu apogeu e glória.

Sou seu PROBLEMA e sua SOLUÇÃO.

Sou seu VENENO e seu ANTÍDOTO.

Sou sua MEMÓRIA e seu ESQUECIMENTO.

Eu sou seu REINO, seu ALTAR e seu TRONO...

Sou sua PRISÃO, seu ABANDONO e sua LIBERDADE...

Sua LUZ...

Sua ESCURIDÃO...

E seu desejo de AMBAS...

Velo seu sono...

Chamam-me de AMOR!

Tempo...

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.



Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.



Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário mostrar que eles ficaram por anos em nossas agendas.



Há amores não realizados que deixaram olhares de meses e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.



Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.



Há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados das folhinhas.



Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembranças de horas.



Há eventos que marcaram e que duram para sempre, o nascimento do filho, a morte do pai, a viagem inesquecível, um sonho realizado. Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra "eternidade".



Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.



Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz eu estava na ocasião.



O relógio do coração - hoje eu descubro - bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.



Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.



Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.



É olhar as rugas e não perceber a maturidade.



É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças da vida.



Pense nisso.

E consulte sempre o relógio do coração:

Ele te mostrará o verdadeiro tempo do mundo.

Vamos deixar disso?

Não tente me provocar, a sua raiva não me aborrece, só me preocupa, porque a raiva vai adoecer você...

Não procure me ofender, eu cresci o bastante pra não ter mais dúvida sobre mim mesma.

Não me chame pra briga, que eu não vou atender.

O meu tempo é precioso e nele não cabem desavenças.

Se você não gosta de mim e quer brigar, eu entendo, mas não conte comigo.

Eu estou ocupada sendo feliz.

Se você gosta de mim e quer brigar, eu não entendo, mas aceito...

Só presta atenção pra não me magoar. Isso, sim, me entristece.

Vamos deixar disso, então.

Já briguei muito, já magoei, já ofendi...

Mas não fiquei nem um pouquinho melhor com isso.

Venho me curando da vontade de brigar, desde que aprendi a calar.

Então, se você gritar, só vai escutar o meu silêncio.

Se seguir ofendendo, eu me retiro.

Se insistir na raiva, que pena...

Só você vai sofrer.

Ok, pode dar a última palavra, ganhe a disputa!

Eu não me importo de ceder a vez.

Eu escolho viver em paz.

Vamos deixar disso, então?







Lena Gino

Há tempos...

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.


Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.

Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram rápido, apesar do calendário mostrar que eles ficaram por anos em nossas agendas.

Há amores não realizados e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.

Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.

Há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados das folhinhas.

Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que, passados os dias difíceis, mal guardamos lembranças de horas.

Há eventos que marcaram e que duram para sempre:

O nascimento do filho...

A morte de alguém que a gente ama...

Uma viagem inesquecível...

Um sonho realizado....

Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra "eternidade".

Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.

Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz eu estava na ocasião.

O relógio do coração - hoje eu descubro - bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.

Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.

Portanto não pense naquilo que não foi feito...

Curta as suas lembranças como os seus tesouros.