terça-feira, 14 de outubro de 2008

Serena Lua... Lua Cheia hoje!

Nas suas ladeiras eu sigo,

Eu vou ruas só de pedra...

E corações de papel tão branco,
No céu, enfim, serena lua...
Todas as igrejas eu rezo, eu vou...
Santos querubins e orações,
De papel tão brancos!
Menina...

No céu, enfim, serena lua...
Não buscarei outras montanhas!
Um dia no céu, enfim, serena lua...
Vou retornar...

Cidade alta, seus heróis no céu, enfim, serena lua...
Vou retornar...

Cidade santa, seus heróis no céu e tu...

Serena lua!

Lua cheia Poderosa


Hoje a Lua cheia brilha no céu como a lua mais poderosa do ano,
é quando os místicos
aproveitam para fazer sua orações, meditações,
pedidos e agradecimentos.

diz o astrólogo Oscar Quiroga:

DE TODOS OS DESEJOS, O DESEJO.
Data estelar: Lua Cheia em Escorpião alinha-se com a estrela Alcyone, da constelação das Plêiades.

Enquanto isso, aqui na Terra, o bom, o belo e o verdadeiro estão a caminho, mas nossa humanidade deve desejar estas condições com tamanho ardor, que nada mais faça sentido para ela sem o advento destas virtudes. Neste mesmo momento em que você, por aquelas coincidências, pousou seus olhos nestas linhas, nosso sistema solar se encontra em pleno esforço de alinhamento com um canal por onde fluem informações da mais elevada espécie. Ideal seria que nossa humanidade abandonasse quaisquer outros afazeres, dedicando-se a participar deste alinhamento também.
Tudo é proclamado aos quatro ventos, o evento cósmico que é a vinda daquele que encarna a Vontade do Altíssimo é iminente, mas nossa humanidade deve desejar este acontecimento acima de todos os outros desejos.

Lua cheia o poder Supremo

Lua cheia, poder ardente

Que penetra na tua mente

Deslisa no teu corpo,

E te consome profundamente



Ha gente que se droga

Para atingir o extremo

Mas no cimo do delirio, no poder da lua

Vem sentir o poder supremo



E gente chora, gente grita,

Alguma ate morre, e ninguem acredita...

Ela mata, ela consome,

E te destroi, ate deixares de sentir...



Olha o seu brilho, ela é o nosso espelho

O grande poder infinito

A luz do medo, sem segredos

Basta olhares fixamente

Lua, Champanhe e Volúpia...



Atiças-te em mim um fogo intenso.
palavras quentes gritavam o que fazer.
Soltei as minhas fantasias guardadas em segredo.
Forço o desejo da minha carne ;
Carícias, que vão e voltam,
Beijos, corpos e toques que se trocam.
Sensações que à pele afloram;
Lábios quentes que se colam.
Seios esfomeados,
Anseiam linguas .
Corpos apertados,
Juntos, uns nos outros;
Loucas e doces palavras ao meu ouvido...
E o prazer que irrompe,
Num desatino ...
Sensações ao vento.
Sentimentos bebidos em Bruto ...

Desejos inconfessos.
Como o silvo de uma serpente,
Que enfeitiça e domina...

Lua Azul


Lua Azul: assim é chamada a segunda Lua Cheia num mesmo mês do calendário gregoriano. Neste mês de julho, tivemos a primeira delas, no dia 2, às 08:10 a 10 graus de capricórnio e 54 min. A próxima acontece no último sábado do mês, dia 31 Julho de 2004, às 15h06min a 8 graus de Aquário e 51 min.

O folclorista canadense Philip Scock, após ter pesquisado indícios da origem da Lua Azul, afirma que a expressão é usada desde o século XVI para representar uma Lua cheia especial, perigosa, onde pode acontecer desatino e alucinação.

Ao contrário do que o nome sugere, a Lua Azul é associada a perigos e desvarios, a desafios emocionais difíceis de viver, que requerem humildade e despojamento. É também, considerada um acontecimento de muita força magnética e poder espiritual, onde acontecem profundas purificações emocionais.

No ocidente, a Lua Azul, foi projetada como uma Lua romântica propícia ao amor e ao prazer. Na Astrologia, a importância da Lua Azul tem a ver com as práticas, que trabalham com a relação dos ciclos da Lua e o calendário gregoriano.

A Lua Cheia do dia 31 de julho será acompanhada de uma configuração planetária especial e, com certeza, com forte expressão em nossa vida. A Lua estará em conjunção com Netuno. Mercúrio em oposição com Urano. Júpiter em quadratura com Vênus e Plutão. Vênus oposição com Plutão. Por todos estes aspectos, aconselha-se permanecer centrado e ser muito responsável em tudo o que se fizer. Devemos evitar confrontos e qualquer consumo exagerado. Será uma Lua ideal para trabalhos e rituais de Cura.

Na Wicca, a Lua Azul é usada para trabalhar as energias da Deusa Arianrhod, Senhora da Roda de Prata, que pode nos inspirar a ter ideais mais elevados e almejar melhoria não apenas para nós, mas também para nossos amigos e para toda a sociedade.

Quando acontece a Lua Azul?
Quando a Lua Cheia cai no dia primeiro de um mês de 31 dias, no dia 31 teremos outra Lua Cheia, a Lua Azul. A Lua Azul acontece, em média, uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes num século. Isso se deve ao fato que um mês terrestre tem em média 30,5 dias enquanto o mês lunar tem 29,5 dias.

Existe uma particularidade: podemos vivenciar dois meses, no mesmo ano, com Lua Azul. Isto acontece se a primeira Lua Cheia cair em primeiro de janeiro, pois como fevereiro tem apenas 28 dias, as próximas duas Luas Cheias se repetem em março. Tal fenômeno ocorre apenas quatro anos em cada século: o próximo será só no ano de 2018.


A Lua
A Lua (dizem os ingleses)
É feita de queijo verde.
Por mais que pense mil vezes
Sempre uma idéia se perde.
E era essa, era, era essa,
Que haveria de salvar
Minha alma da dor da pressa
De... não sei se é desejar.
Sim, todos os meus desejos
São de estar sentir pensando...
A Lua (dizem os ingleses)
É azul de quando em quando.

Fernando Pessoa, 14-11-1931

Lua cheia de Saudade


Já anoiteceu há umas boas horas.


Entro na auto-estrada e ponho-me em modo cruzeiro.

Encosto-me no banco, seguro o volante com as duas mãos e vou ali apenas corrigindo a direcção quando necessário. O rádio vai ligado como é costume, mas não estou a prestar atenção. Uns locutores falam sobre um evento e músicos que não costumo ouvir.

Vou mudar de estação, à procura de algo mais animado, que não me induza a dormir, não me traga o sono que me tem falhado quando me deito, esse que não venha agora em tão má ocasião.

Inclino-me ligeiramente para a frente e apercebo-me que a noite está anormalmente clara. Olho para cima e vejo a razão:

É noite de Lua Cheia.

Vêm-me à memória recordações que me fazem sorrir.

Sem pensar, uivo à Lua.

Tenho saudades tuas.

Lua Cheia de Paz


Andei uivando pra lua há uns dias atrás. Era pra ter postado alguma coisa sobre aquela lua que brilhou há mais ou menos uns quinze dias, mas me deu preguiça. Preguiça de Macunaíma mesmo. Mas não esqueci dela; ela ficou na minha cabeça e agora é que tô com vontade de escrever sobre ela.


Sentei no espaço reservado aos professores no intervalo, um espaço aberto com algumas plantas e árvores, acendi o meu cigarro e olhei pra ela... linda, envolta numa auréola brilhante que, juro, tinha as cores do arco-íris. Sabe aquela lua que começa amarelada e gigante no início da noite e depois vai ficando prateada? Pois é, uma dessas. Tão brilhante que era possível enxergar São Jorge montado em seu cavalo espetando o dragão com a sua lança. (colocando a imaginação pra funcionar, é possível ver mesmo).


Mas o fato é que aquela visão me trouxe uma paz tremenda, de um jeito que fazia tempo que não sentia e acabou me inspirando uns versinhos vagabundos que gostaria de colocar aqui:




A lua nua crescente,
lambente...


Lua cheia de desejo
dum beijo ardente


a lua míngua
con-fusão de línguas...


A lua re-nova o coração da gente
nova-mente




***


Lua mansa descansa o coração em desassossego
Já o medo não existe mais e tanto faz...
A nudez da lua me trouxe paz.

Está Noite

...da Lua Cheia faço a minha morada com vista para o nosso Universo de sonhos.
Do quarto crescente faço minha alcova, espreito-te da janela, escondida entre as cortinas do desejo onde espero um sinal teu.
Quero conhecer a expressão do teu rosto quando a força da saudade te eleva os olhos ao céu e me procuras entre os espaço das estrelas. Hoje, vou entrar no fundo dos teus olhos quando o brilho da feiticeira da noite se reflecte no teu olhar.
Nesta noite encantada em que os feitiços se tornam reais sentes-me aí e juntos vamos sobrevoar as memórias dos momentos só nossos que a voz dos anjos guarda para si.
Quero sentir o calor do teu sorriso que tanto gosto de beijar, quando te roço levemente o pensamento, quero sentir na alma o sopro do teu coração quando por instantes vens ao meu encontro.
No piscar reluzente da estrelas deixo as palavras que não lês aqui nem em parte nenhuma, são cartas de amor que irás ouvir quando fechares os olhos e a brisa da noite fria te afagar com o calor das minhas mãos.
Nas asas dos anjos deixo o silêncio intemporal, o tempo que não passa e que a cada dia nos abre mais os caminhos estrelados entre as galáxias da nossa paixão.
Há muito que abri o coração e deixei o Amor entrar, permiti que se aninhasse no seu conforto e ocupasse os espaços vãos.
Em meu peito arde agora o fogo de uma estrela cadente que me ofereceste um dia como um pedaço de ti repleto da tua essência.
Em cada célula do meu corpo existem agora pequenas gotas de luz, que gravitam e me rodeiam, provocando-me uma sã loucura que me estremece a alma num doce e sorridente alvoroço, fazendo-me acreditar que finalmente te encontrei.
Chamei todos os anjos e esperei.
Vieste tu, voando para os meus braços, nas mãos trazias a eternidade de uma chama que se alimenta desta paixão quente como um Sol de Agosto
Hoje, saberás que te espero no quarto principal da Lua Cheia, testemunha surda, cúmplice silenciosa que tanto sabe e tanto cala de nós...

Luar, Luar


Luar, salva esse “eu”
interprete certo esse adoro-”te”
não foges de mim quando digo que “amo”
entenda que isso é verdade, “verdade”!

Luz da noite “só”
ilumina e mostra o meu “você”
nada mais de flagelar-”me”
enquanto digo que ninguém “entende”

Lusco-fusco de te “desejo”
intrépido cavaleiro “seu”
nada mais do que enfim “desejo”
e tudo quanto é sonho “realizado”

Lunático não sou esse eu, “mas”
incoerência do coração que “tenho”
nunca se restringiu em sentir “muito”
então de tudo tenho mesmo “medo”

Lida a terrivel sina “que”
invariavel tomou conta “então”
ninguém disse que “talvez”
e a Lua amei… e que amado eu “seja”

Lua, ama-me por algo “mais”
incapaz sou de te fazer só mais “uma”
nego que isto seja para mim “brincadeira”
e para mim tu sempre foi a mais “divina”

Latente sentimento, que anda “fazendo”?
intolerante sou por pensar em “findar”,
na felicidade, pensar: mude-”a”
eu deveria deixar como está a “alegria”

Louco sou eu para que não “termine”
incompreensivel disso “tudo”
nuvens encobrem a Lua de “novo,”
e digo: lá se foi ela “novamente”

Lucidez não “estrague”
intima saudade sem ter “com”
ninguém que não ligue, Lua e “a pureza”
e jamais termine o sentimento “presente”

Em cada fim de verso, outro verso
e penso: a letra primogenita
e digo: juntas representam meu amor
e sinto: Lua querida, salve-me da dor
Rafael Rabelo

Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…

E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…

ALPHONSUS DE GUIMARAENS