Já anoiteceu há umas boas horas.
Entro na auto-estrada e ponho-me em modo cruzeiro.
Encosto-me no banco, seguro o volante com as duas mãos e vou ali apenas corrigindo a direcção quando necessário. O rádio vai ligado como é costume, mas não estou a prestar atenção. Uns locutores falam sobre um evento e músicos que não costumo ouvir.
Vou mudar de estação, à procura de algo mais animado, que não me induza a dormir, não me traga o sono que me tem falhado quando me deito, esse que não venha agora em tão má ocasião.
Inclino-me ligeiramente para a frente e apercebo-me que a noite está anormalmente clara. Olho para cima e vejo a razão:
É noite de Lua Cheia.
Vêm-me à memória recordações que me fazem sorrir.
Sem pensar, uivo à Lua.
Tenho saudades tuas.
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