quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Lamento de uma Estrela Cadente


Ouro liquido sob os céus de prata

São essas as lágrimas da estátua que sou

Gotas frias que o tempo consolidou

Marcas que o tempo desgosta mas não mata.



A ti meu único amor, Sol vadio

A ti te amo com toda a certeza

E é por amar-te tanto que sinto o frio

Invadir-me com a solidão e a tristeza.



Choro. Choro pela minha triste sina

Só a tua doçura me arrancava da solidão

Mas quem sou eu Estrela pequenina

Que ousou desejar teu coração?



O que os olhos não vêem o coração não sente

Que mentira injusta à minha alma sofredora

Porque desde que partiste, que foste embora

Que não sou mais que uma estrela cadente.

Eu por ti eternamente enamorada



Que é a minha vida sem tua alma quente?

Sem teus olhos lindos que olham o meu olhar sedento?

Sou simplesmente uma luz apagada

Luz que de repente, a única coisa que sente

É o apelo terrível do sofrimento.



O que os olhos não vêem, o coração ainda sente...

Mas hoje sou eu quem te diz

Que o maior desejo desta estrela cadente

É unicamente que tu, Sol, sejas feliz.

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