Ouro liquido sob os céus de prata
São essas as lágrimas da estátua que sou
Gotas frias que o tempo consolidou
Marcas que o tempo desgosta mas não mata.
A ti meu único amor, Sol vadio
A ti te amo com toda a certeza
E é por amar-te tanto que sinto o frio
Invadir-me com a solidão e a tristeza.
Choro. Choro pela minha triste sina
Só a tua doçura me arrancava da solidão
Mas quem sou eu Estrela pequenina
Que ousou desejar teu coração?
O que os olhos não vêem o coração não sente
Que mentira injusta à minha alma sofredora
Porque desde que partiste, que foste embora
Que não sou mais que uma estrela cadente.
Eu por ti eternamente enamorada
Que é a minha vida sem tua alma quente?
Sem teus olhos lindos que olham o meu olhar sedento?
Sou simplesmente uma luz apagada
Luz que de repente, a única coisa que sente
É o apelo terrível do sofrimento.
O que os olhos não vêem, o coração ainda sente...
Mas hoje sou eu quem te diz
Que o maior desejo desta estrela cadente
É unicamente que tu, Sol, sejas feliz.
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