quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Do Encanto



E a mulher, que não era nada mais que uma menina com esperanças verdes nos olhos negros, com sombras de desencantos passados e repassados nas mãos já cansadas mas macias, de venturas também vividas; esperava de pé, olhos bem abertos e coração acelerado pelo que a vida lhe apresentara quase sem querer em promessas talvez teimosamente inúteis.

Não conseguia se soltar do pessimismo insistente, tais eram as dores repetidas e repetidas de tantos desencontros.

Mas algo lhe dizia pra esperar quieta, serena, o que estava para acontecer.

E mesmo essa esperança miúda em seu menino coração nunca suspeitara o encantador encontro daqueles olhos verdes.

O sorriso foi franco e generoso, como se espelhassem o tamanho encanto do coração.

E mais uma vez os olhos de um homem a faziam acreditar que a felicidade poderia ser algo destinado a ela.

Ah....o que será que a vida ainda reservaria.

Se mais não lhe desse, ao menos a caricia doce daqueles olhos nos seus seria inesquecível.

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