O verbo no infinito...
"Elevar a temperatura do espírito
ao nível de fusão dos resíduos calcificados;
purificar o sentidos até que o Universo
se deixe surpreender em seu estado
de virgindade original;
dilatar as fronteiras de nosso espaço interior,
não por ocupação colonizadora,
mas exercitando ao vôo os pássaros nele adormecidos;
aquiescer ao apelo numeroso das coisas;
promover à condição de árvores
o que dentro de nós se esfria em pedra
e à condição de vento o que se esgalha em árvore:
ritos preparatórios, íntimas providências,
preliminares silenciosas à chegada da poesia em nós..."
*Aníbal M Machado*
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