Não pertenço a sonoridades perdidas.
Eis o silêncio que te entrego,
em belas palavras nuas.
Repartida em sílabas e sem sinônimos.
Comunhão perfeita entre o teu
recato e o meu prazer.
Venho de não ter que te explicar amores.
E me recolhes no mais simples
do que é o amor.
Entro no templo de esquecer
que existe tempo.
Pertenço à rebeldia de
recusar antigos sonhos,
Recostando em teus lábios
todos os meus beijos.
Desfilo assim, em cortejo
de belos pássaros,
crianças e flores.
Para espanto e retorno
ao mais belo que te entrego.
Com toda a magia e ternura
do encontro final.
Jaak Bosmans
Nenhum comentário:
Postar um comentário