terça-feira, 2 de junho de 2009

Magia Final




Não pertenço a sonoridades perdidas.

Eis o silêncio que te entrego,
em belas palavras nuas.
Repartida em sílabas e sem sinônimos.

Comunhão perfeita entre o teu
recato e o meu prazer.

Venho de não ter que te explicar amores.
E me recolhes no mais simples
do que é o amor.

Entro no templo de esquecer
que existe tempo.

Pertenço à rebeldia de
recusar antigos sonhos,
Recostando em teus lábios
todos os meus beijos.

Desfilo assim, em cortejo
de belos pássaros,
crianças e flores.

Para espanto e retorno
ao mais belo que te entrego.
Com toda a magia e ternura
do encontro final.


Jaak Bosmans

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