Este lírio do campo
não esteve aqui o mês inteiro.
Surgiu agora
no final de novembro.
É de um rosa diferente,
talvez um lilás profundo.
E tem rosto de anjo
surpreendido no mundo.
Seus outros companheiros
de igual bíblica beleza
têm portes de jardineiros
e olhos de pálidas estrelas.
Proféticos, sagrados.
Flores que, um dia, Deus aspirou
para se sentir amado.
Ó lírio amante,
nascido daquela aurora.
Hoje talvez Deus te repense
e chore.
*Lucia Constantino*
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