terça-feira, 16 de dezembro de 2008


Tu deves te lembrar: aquela casa antiga
entre o verde bambual e a frondosa mangueira,
a varanda, a esconder-se sob a trepadeira,
e o riacho a marulhar sua velha cantiga…

As flores… o jardim… a estrada: uma alva esteira
onde nós a sonhar andamos sem fadiga
olhando para o céu, - tudo isso, minha amiga,
mudou… A nossa vida é mesmo passageira…

As paisagens de outrora, estranhos transformaram:
- o jardim… o bambual… a estrada, e até nem sei
se as águas do regato os anos não pararam…

Uma cousa porém, existe, eu vi depois:
- é aquele coração com os nomes que eu gravei
no tronco da mangueira a relembrar nós dois!…

J.G.Araujo Jorge

Nenhum comentário: