segunda-feira, 24 de novembro de 2008

VESTES DE ESPERANÇA



Quero lavar minha alma empoeirada
na gratuidade e leveza da água corrente.
Pintar de riscos e compassos
novos sentimentos...

Me desnudar de antigas vestes escuras
e me cobrir de um verde esperança.

Nascer no peito fome do novo...
Bater na porta de entrada da vida
e arranhar suas paredes
até o seu abrir derradeiro.

Jogar chamas de crença nos sonhos
incendiando de realidade boa
meus dias de pesadelo.

Quero um vento que corte meus vis pensamentos
e uma rede para pescar nova ilusão.

Pois sei que vivo a sete palmos da alegria
pois pressentida e perto me perfuma.

Quero o fogo dessa sensação
queimando as entranhas do meu ser.

Quero que o pó engula o pranto
e a solidão se esfole viva...
Quero as graças da alegria
se aflorando em mim.

E o arrepio e emoção de um novo amor
leve e livre sentido
...tecido fio a fio.

Rosy Moreira

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