sábado, 13 de setembro de 2008

Mulher.

Quando longe de ti eu vegeto,
Nessas horas de largos instantes,
O ponteiro, que passa os quadrantes,
Marca séculos, se esquece de andar.
Fito o céu - é uma nave sem lâmpada.
Fito a terra - é uma várzea sem flores.
O universo é um abismo de dores,
Se a madona não brilha no altar.
Lembro ainda em teus olhos, querida,
Este olhar de tão lânguido raios,
Este olhar que me mata em desmaios
Doce, terno, amoroso, fatal!...
Quando a estrela serena da noite
Vem banhar minha fonte saudosa,
Julgo ver nessa luz misteriosa,
Doce amiga, um carinho dos teus!
Ó meu Deus! Manda às horas que fujam,
Que deslizem em fio os instantes...
Como Tântalo à sede morria,
Sem achar o conforto preciso...
Morro à míngua, meu Deus, de um sorriso!
Tenho sede, Senhor, de um olhar.
*a.d*
Magia

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