quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Meu Amor


Meu amor
Quando vieres
Tragas um raminho de alecrim
No bolso
O brilho da lua
Na tua boca
E no traço reticente
Do teu rosto
Nenhuma dúvida.
Tragas
Laranjas da Pérsia
Ouro e mirra
Do Egito
E um par de cortinas
Para enganar o tempo fugidio.
Meu amor
Quando vieres
Chegues de mansinho
Como a madrugada
Que se estende
Suavemente sobre a noite
E, sobretudo
Desvendes as luzes da manhã
Para acordar os ânimos
Serenados.
Mas, por favor,
Não tardes
Pois a eternidade
Acabou de sair por aquela porta
E não volta.
a.d

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